Aves marinhas
Na Macaronésia existem dez espécies de aves marinhas pelágicas nidificantes e que são vítimas de poluição luminosa. Devido aos seus olhos sensíveis e comportamentos noturnos, são vítimas de encandeamento. Desorientadas, colidem contra edifícios, carros ou postes de luz, caindo no chão, e tornando-se vulneráveis ao atropelamento, à predação por gatos e ratos, à caça ilegal e até à desidratação. Devido à sua inexperiência, os juvenis são os mais afetados por esta problemática.
Morcegos
Quase um quarto das espécies de morcegos estão sob ameaça em todo mundo. Estes animais noturnos estão entre os grupos mais afetados pela poluição luminosa, que influencia as interações ecológicas e tem efeitos adversos no seu comportamento de alimentação, reprodução e comunicação. Na Macaronésia ocorrem nove espécies de insetívoras que desempenham um papel fundamental na saúde dos ecossistemas terrestres através do controle de pragas e de insetos transmissores de doenças.
Insetos
Os insetos noturnos também são afetados pela poluição luminosa. Atraídos pelas luzes e com o sentido de orientação comprometido, tornam-se mais suscetíveis a predadores, voando incessantemente em redor das luminárias. Com um importante papel nos ecossistemas, o declínio das suas populações causa efeitos negativos também nas aves, morcegos e outros polinizadores. Na Macaronésia são conhecidas cerca de 170 espécies de borboletas noturnas que carecem de informação a nível de distribuição e estatuto de conservação atualizado.
Pessoas
A poluição luminosa causa impactos na sociedade, individualmente e na sua atividade. Na saúde provoca cansaço visual, perturbações no descanso (devido à diminuição da produção de melatonina), dor de cabeça e stress, e patologias associadas como a depressão e alterações de humor. Afeta a atividade da astronomia, sendo que na maioria das urbanizações e principalmente em grandes cidades, é quase impossível observar as estrelas.