Este Sítio de Importância Comunitária (SIC) inclui a área florestal que se estende em ambos os lados da ribeira do Porto Novo, em Santa Cruz.
Apesar do seu tamanho reduzido, estão presentes 4 tipos de habitats protegidos pela Diretiva Habitats: falésias com flora endémica das costas macaronésicas (1250), matos termomediterrânicos pré-desérticos (5330), florestas de olea e ceratonia (9320) e laurissilvas macaronésias (Laurus, Ocotea) (9360).
No Porto Novo, habitam 6 espécies protegidas pelas Diretivas Aves ou Habitats: 4 aves e 2 plantas com flores. Ainda, pode ocorrer 3 espécies de morcegos (Nyctalus leisleri, Pipistrellus maderensis e Plecotus austriacus). À noite, é comum observar ou escutar a coruja-das-torres (Tyto alba schmitzi) e também a cagarra (Calonectris borealis), durante o verão.
Este local, da série de vegetação do zambujal, é dominado por figueira-do-inferno (Euphorbia piscatoria), planta hospedeira da lagarta de Hyles tithymali gecki e de alguns escaravelhos como Rhopalomesites euphorbiae, Acalles sp., Caulotrupis sp., etc.
No âmbito do projeto LIFE Natura@night, têm sido realizadas ações para mitigar a problemática da poluição luminosa, incluindo estudos sobre os seus impactos. No Porto Novo foram conduzidas medições da poluição luminosa, bem como amostragens de insetos e de morcegos. Durante o dia esta ameaça é impercetível, mas ao cair da noite torna-se evidente, com uma paisagem repleta de milhões de luzes criadas pelo Homem.
Veja a diferença entre o dia e a noite neste local: