Entre início de junho e finais de julho, as cagarras estão em fase de incubação, o que significa que estão sentados sobre o ovo e mantêm-no quente até à eclosão.

 

A equipa da SPEA tem visitado as suas colónias, com o objetivo de monitorizá-las, por meio da colocação de GPS e GLS, na cauda das aves e na pata, respetivamente.

 

Estes dispositivos são colocados quando a ave vem a terra, e têm o objetivo de acompanhá-las durante a sua estadia no mar. Posteriormente, os dados dos aparelhos só podem ser recuperados e descarregados quando a ave voltar ao seu ninho.

 

Através deles é possível obter mais informações sobre as suas viagens, saber onde vão procurar alimento e que influência as fontes de luz têm nos seus trajetos.

 

Estas fontes de luz artificial afetam, sobretudo, as cagarras juvenis que, entre os meses de outubro e novembro, começam por abandonar os ninhos e fazer os primeiros voos.

 

As aves marinhas, como próprio nome indica, têm uma grande capacidade de usar as ondas e o vento a seu favor para percorrerem grandes distâncias em pouco tempo. Durante a época de migração, a cagarra pode voar até ao leste do Brasil.

 

Saiba onde está a poluição luminosa

 

Anna Cortes
Lucio Canovas