Os nossos trabalhos no âmbito do projeto BESTLIFE 2030 STOP Predators prosseguem, desta vez mergulhados na escuridão das colónias.

 

Embora a noite possa evocar um misto de sensações, é na tranquilidade que encontramos a vida noturna difícil de perceber durante o dia. Isto porque muitas espécies possuem hábitos noturnos. Esses hábitos surgem por diversas razões: a visão noturna em animais é resultado de um processo evolutivo complexo, moldado por pressões ambientais e vantagens adaptativas. Cada adaptação reflete um equilíbrio entre custos energéticos e benefícios competitivos. No caso da visão noturna não é diferente, e a escuridão permitiu que diversos seres vivos ocupassem novos nichos.

 

Infelizmente, a noite também tem desequilíbrios causados pela introdução de predadores terrestres. E nós não ficamos indiferentes a isso. Desta forma, a nossa equipa tem passado as noites à procura de identificar espécies nativas e introduzidas com recurso à visão térmica utilizando um monóculo térmico.

 

Esta técnica permite detetar espécies através de radiação infravermelha, sob a forma de calor, emitida pelos corpos dos animais. A principal vantagem, para além de ganharmos visão à noite, é a minimização do impacto e interferência nos comportamentos dos animais. Assim, conseguimos estudá-los, compreender os seus hábitos e tomar medidas adequadas para a conservação da Natureza.

Rosa Lindeman

O projeto STOP Predators é cofinanciado em 95% pelo programa BESTLIFE2030 da União Europeia.