Técnicos da SPEA e a Técnica do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), Marta Nunes, orientaram um workshop focado na “Mitigação da Poluição luminosa em ambientes marinhos”. Esta ação, que foi direcionada para colaboradores de empresas de marítimo turísticas, teve como principal foco conhecer as características da poluição luminosa, regulamentos e boas práticas que podem ser aplicadas para reduzir a iluminação artificial em embarcações, durante o período noturno.
Numa primeira abordagem, apresentando o projeto LIFE Pterodromas4future, foi feita uma introdução sobre as aves marinhas endémicas da Ilha da Madeira (a freira-da-madeira- e freira-do-bugio), as ameaças que enfrentam, tanto em terra, através de predadores, poluição e atividade humana, como no mar, por meio da sobrepesca e lixo marinho.
Os participantes também ficaram a conhecer o projeto LIFE Natura@night, que é focado na conservação da biodiversidade noturna, o trabalho que é feito com os morcegos, aves marinhas e insetos e de como o excesso de luz artificial das cidades, portos e até embarcações, ameaçam estas espécies.
Após dar a conhecer as características e os efeitos na área socioeconómica e de biodiversidade, enfatizando os benefícios para grupos de espécies como as aves marinhas e a redução do gasto energético, foi realizada a apresentação dos esforços pela parte dos projetos LIFE Pterodromas4future e LIFE Natura@night para medir e mapear o estado da poluição luminosa na Madeira.
A mitigação da poluição luminosa e boas práticas de iluminação em embarcações foi o último tópico abordado, e, finalizando com uma parte prática, os participantes tiveram a oportunidade de resolver um estudo caso que consistia na análise de fotografias tiradas em portos e embarcações à noite, com o objetivo de identificarem os problemas ambientais e socioeconómicos e o que mudariam na iluminação pública daquele espaço em análise.
Este workshop teve como finalidade sensibilizar os colaboradores de empresas marítimo-turísticas que trabalham diretamente com biodiversidade marinha, sobre as medidas que podem ser aplicadas, também a bordo, de maneira a contribuir, tanto para a segurança das aves marinhas, como dos próprios tripulantes.